22.10.09

Capítulo I - Parte 1 - A chegada do forasteiro

- E vocês lembram quando derrubei aquele goblin com apenas um braço? Não há criatura mais repugnante que esses pequenos vermes! - Bradou Orsik, sentando em uma das poucas mesas da taverna Grande Rochedo. O anão recordava combates que ele e seus dois amigos, ali sentados, haviam enfrentado em aventuras passadas. Mais comedidos, os outros apenas se divertiam com a maneira eufórica que Orsik tinha para contar histórias. O ímpeto anão realmente correia-lhe pelas veias e mesmo a narração de pequenas aventuras tinham a tendência de deixá-lo exaltado, quase aos berros a ponto de fazer seu rosto ficar vermelho.

Sentados à mesa estavam, ainda, seus mais freqüentes companheiros de jornadas. Erevan, um eladrin estudioso nas magias arcanas e Ulik Ironhouse, homem que apresentava um pouco mais de experiência que seus companheiros, não por ser mais velho, algo em seus olhos mostravam que ele já havia passado por agruras demais. Os três se conheciam a alguns anos, tendo a aldeia Pássaro Vermelho como moradia. E, com um lugar tão pequeno, era comum aqueles com mais presença de espírito se unirem para pequenas aventuras pela região.

- Ulinar, traga mais cerveja para meus amigos! Acha que apenas esses poucos canecos podem saciar a sede de grandes homens como nós? – Gritou Orsik. Pouco depois o dono da taverna apareceu com três canecas cheias. Ulinar já estava acostumado com a rotineira baderna que Orsik aprontava, toda vez que bebia e contava sobre seus feitos. Antes que o primeiro dos três terminasse sua cerveja, as portas do Grande Rochedo se abrem. Sem se importar com os olhares curiosos dos moradores locais, um elfo entra lentamente e vai até a bancada onde Ulinar preparava algumas bebidas.

- Você possui algum quarto para abrigar um viajante por um ou dois dias? –Falou o elfo. Ao que o dono da taverna fez um sinal positivo, o forasteiro jogou duas moedas de ouro sobre a bancada. – Isso deve cobrir todos os meus gastos, incluindo as refeições. – Afirmou o misterioso viajante.

Apesar de pequena, a aldeia recebe viajantes com certa freqüência, pois fica próxima a uma rota de comercio relativamente segura. Pelo menos é a melhor definição de segurança possível, no que diz respeito às Planícies Pagãs, região onde se encontra Pássaro Vermelho.

Após guardar seus pertences em um dos três quartos que havia na taverna, o elfo sentou em uma mesa ao fundo do local e ali permaneceu quieto enquanto comia uma das melhores iguarias da aldeia: a truta cabeça de dragão. Orsik, Erevan e Ulik observavam o forasteiro, que respondeu com o mesmo olhar. Logo quando os moradores perdiam o interesse pelo desconhecido, um grito ecoou do lado de fora do Grande Rochedo.

5 comentários:

  1. Gostei da ambientação. Dá pra ver a cena. :-)

    Mas, oh, o que será que há lá fora?

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  2. Gostei muito! :) o nome do taverneiro repetido diversas vezes...hehehe...bacana.

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  3. Atendendo a diversos pedidos, o grande astro da história está presenta já no começo hehehehehehehe acho que vou até mudar o nome do blog pra "A Taverna do Ulinar"...

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  4. Ulinar eu quero ..... Cerveja!!!!! :-P

    Ehehehe promessa cumprida e mantida, gostei.

    Quanto a narrativa concordo com Jorge da praticamente para ver a cena acontecendo a nossa frente.

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  5. Bacana demais...só falta continuar né? hehe *sendo chato*

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